quarta-feira, 8 de abril de 2009

Desenvolvimento Moral

A criança pegou algo que não é seu.
E agora?

O fato de pegar o que não é seu pode ser atribuído a uma necessidade poderosa de tornar acessível, uma parte da pessoa que parece inacessível à criança!
A criança sente que pode ter tudo o que desejar!
Mas aos cinco anos ela não pode acreditar completamente neste pensamento desejoso!
Além disto, o poder que uma criança de quatro anos imagina que tem de realizar todos os seus desejos é agora assustador!
Aos cinco, pode ser um alívio, tanto quanto uma perda, renunciar a eles.
É preciso começar o árduo trabalho de diferenciar o certo do errado.
Ceder ao impulso de transgredir, traz junto uma série de sentimentos de culpa.
O apoio parental, na forma de limites firmes, ajuda a criança a encarar a realidade a prender a lidar com seus impulsos.
Saber o que é tolerado e o que não é se torna uma fonte de segurança para a criança.
Para qualquer família pegar o que não é seu é um choque, dá a conotação de roubo!
Se reagirem violentamente, há poucas chances das crianças fazerem a ligação entre o ato e os motivos por trás dele.
Reagir sem procurar a razão podem perder a oportunidade de entender a criança;então correm o risco de fixar a mentira e o roubo como padrão.
Em pequenas doses a culpa é necessária e é uma parte inevitável do aprendizado do certo e errado. Por isto a criança deve ser estimulada a devolver e conversar com o envolvido!
Esta ação “incômoda” fará com que repense sua atitude!
“O próprio ato de assumir o erro já é um “castigo” e demonstra arrependimento”.( Yves de La Taille)
É importante sugerir que a criança reflita sobre como o outro se sente nesta situação!

Mas o que falar nesta situação?

Pode-se ajudar dizendo:
“Eu quero entender o que fez você sentir que tinha que fazer isto, mas não posso deixá-la fazer.Se pudermos conversar, poderemos encontrar juntos a forma de ajudá-la a controlar-se.”
A oportunidade para a criança canalizar isso em uma consciência de camaradagem aumenta.
Os pais precisam estar preparados para este “grito de socorro” nesta idade e recebê-los com calma e firmeza.


Referências bibliográficas
BRAZELTON, T. B., SPARROW, J. D. 3 a 6 anos – Momentos Decisivos do Desenvolvimento Infantil. São Paulo: Artes Médicas, 2003.


Tânia Ruivo Braga

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