quarta-feira, 8 de abril de 2009

Por favor, obrigado, desculpa...

Com a consciência cada vez maior que a criança tem de como seu comportamento afeta os outros surge uma nova oportunidade: o ensino das boas maneiras.
Quando ela diz: “Obrigada” ou “ Por favor”, ela recebe uma recompensa das pessoas a sua volta.Os adultos reagem com admiração!
É preciso acreditar na eficácia de se introduzir boas maneiras nessa idade.

Quando os educadores podem começar a ensinar boas maneiras?
Desde o primeiro ano.
Por exemplo: toda vez que os educadores oferecem um biscoito, podem estimular um "obrigada", quando se permite que um adulto idoso entre primeiro por uma porta exemplifica-se com: "Ele merece ir primeiro".
As crianças não podem ser privadas das oportunidades de pensar generosamente sobre os outros. Estamos todos sempre apressados ou estressados, mas não podemos deixar de lado ou esquecidas as boas maneiras.
Demonstração de respeito pelos outros precisa de exemplos desde a primeira infância. Elas fazem a diferença. São uma parte importante dos valores culturais que os educadores passam para suas crianças.
As boas maneiras hoje podem ser mais importantes do que nunca. Em nossas vidas frenéticas, os encontrões e brigas substituem frequentemente a cortesia.
As crianças aprendem boas maneiras dos adultos à sua volta. “Por favor” e “Obrigado” podem ser esperados de crianças de quatro e cinco anos se tiverem tido uma expectativa duradoura na família e escola. A paciência e a repetição são necessárias por parte dos educadores; cada vez que essas palavras importantes são recebidas com apreciação, há mais chances de tornarem-se espontâneas. As boas maneiras são importantes no futuro das crianças.

Mas como proceder?
1- Introduz-se um comportamento esperado de cortesia. Por exemplo: “diga por favor à balconista ao solicitar um produto. No início a criança fará de forma mecânica repetindo apenas o que escuta. Ainda não se sentirá recompensada, a recompensa será do adulto que propôs tal iniciativa.
2- Agora a criança é capaz de antecipar que este comportamento trará uma recompensa e mais cedo ou mais tarde ela usará por conta própria. Quando isso acontecer a recompensa se torna dela que encontrou uma maneira de dominar o mundo das boas maneiras - um grande passo nessa idade.
3- Num outro momento o adulto pode preparar antecipadamente a criança para uma gesto de boas maneiras, por exemplo: “hoje vamos à padaria, a balconista ficará surpresa se você disser por favor. Fazer soar como algo divertido é importante. Planta-se a semente.
4- Se funcionar não se deve sufocar com elogios, deixe-a experimentar a recompensa sozinha.

O objetivo do educador é dar-lhe oportunidades de afetar o mundo a sua volta e perceber que o que ela faz tem importância. A criança está intelectual e evolutivamente pronta para colher a recompensa de suas próprias ações e perceber que elas tem importância para os outros à sua volta. As boas maneiras são importantes nas amizades também. Uma criança pode ser deixada sozinha porque não consegue repartir ou não espera a sua vez para fazer a ligação entre seu comportamento e a resposta das outras crianças. Uma criança que luta para dominar o seu impulso de guardar o seu brinquedo para si ou de ser sempre o primeiro fica orgulhosa de sua própria generosidade quando consegue dominar esses impulsos e reparte.
As boas maneiras precisam cercar a criança nos seus ambientes de casa e escola.

“Obrigada pela oportunidade de dialogarmos sobre as boas maneiras.”


Referências bibliográficas
Brazelton, T. B., Sparrow, J. D. 3 a 6 anos – Momentos Decisivos do Desenvolvimento Infantil. São Paulo: Artes Médicas, 2003.

Tânia Ruivo Braga

Desenvolvimento Moral

A criança pegou algo que não é seu.
E agora?

O fato de pegar o que não é seu pode ser atribuído a uma necessidade poderosa de tornar acessível, uma parte da pessoa que parece inacessível à criança!
A criança sente que pode ter tudo o que desejar!
Mas aos cinco anos ela não pode acreditar completamente neste pensamento desejoso!
Além disto, o poder que uma criança de quatro anos imagina que tem de realizar todos os seus desejos é agora assustador!
Aos cinco, pode ser um alívio, tanto quanto uma perda, renunciar a eles.
É preciso começar o árduo trabalho de diferenciar o certo do errado.
Ceder ao impulso de transgredir, traz junto uma série de sentimentos de culpa.
O apoio parental, na forma de limites firmes, ajuda a criança a encarar a realidade a prender a lidar com seus impulsos.
Saber o que é tolerado e o que não é se torna uma fonte de segurança para a criança.
Para qualquer família pegar o que não é seu é um choque, dá a conotação de roubo!
Se reagirem violentamente, há poucas chances das crianças fazerem a ligação entre o ato e os motivos por trás dele.
Reagir sem procurar a razão podem perder a oportunidade de entender a criança;então correm o risco de fixar a mentira e o roubo como padrão.
Em pequenas doses a culpa é necessária e é uma parte inevitável do aprendizado do certo e errado. Por isto a criança deve ser estimulada a devolver e conversar com o envolvido!
Esta ação “incômoda” fará com que repense sua atitude!
“O próprio ato de assumir o erro já é um “castigo” e demonstra arrependimento”.( Yves de La Taille)
É importante sugerir que a criança reflita sobre como o outro se sente nesta situação!

Mas o que falar nesta situação?

Pode-se ajudar dizendo:
“Eu quero entender o que fez você sentir que tinha que fazer isto, mas não posso deixá-la fazer.Se pudermos conversar, poderemos encontrar juntos a forma de ajudá-la a controlar-se.”
A oportunidade para a criança canalizar isso em uma consciência de camaradagem aumenta.
Os pais precisam estar preparados para este “grito de socorro” nesta idade e recebê-los com calma e firmeza.


Referências bibliográficas
BRAZELTON, T. B., SPARROW, J. D. 3 a 6 anos – Momentos Decisivos do Desenvolvimento Infantil. São Paulo: Artes Médicas, 2003.


Tânia Ruivo Braga

terça-feira, 31 de março de 2009

Grupo de estudos sobre a didática da alfabetização e da língua

Palestra com Debora Vaz em 21 de março de 2009.

O que sabemos hoje sobre alfabetização que os nossos professores não sabiam?
Por que mudou o processo de alfabetização?

"Sabemos que é possível saber grafar e não saber usar a língua escrita e sabemos ainda que é possível ser analfabeto. E utilizar a linguagem que se usa para escrever com competência."

* Não trabalhamos com código de escrita e sim sistema de escrita.

(Post em construção)

Neurociência Aplicada à Educação

Palestra com Elvira Souza Lima em 14 de março de 2009

A arte de registrar - Registro é um suporte para a memória (Áudio, foto filme).
Trabalhar com o texto - reescrever - Trabalhar mais com a escrita para ajudar na memória de longa duração.

Toda pessoa que aprende a ler e escrever , muda sua estrutura interna é a capacidade de dialogar consigo mesmo!

Pra quem quer saber mais...

LER SE APRENDE COM CULTURA

A série LER SE APRENDE COM CULTURA de autoria de Elvira Souza Lima se destina a apoiar os adultos que, de uma forma ou outra, se ocupam da formação da infância e da juventude. Ela apresenta possibilidades de trabalho envolvendo a cultura que, em seu conjunto, mobilizam as várias áreas do cérebro envolvidas no ato de ler.

http://elvirasouzalima.blogspot.com/
saiba mais www.editorainteralia.blogspot.com
www.livros107.blogspot.com